PROJETOS e PRODUTOS

forma simples de conhecer nosso painel expositor de madeira (angelim-pedra) e MDF

Projeto de um painel expositor confeccionado em  madeira,  com réguas de angelim-pedra (pintadas com Polistein) e fundo em chapa de MDF (pintada com tinta acrílica fosca à base de água). Na parte superior e inferior o acabamento é feito também com réguas de angelim-pedra, paralelas e distanciadas uniformemente entre si. 

O painel expositor pode ser instalado em parede,  fixado com buchas e parafusos, ou sobre cavalete de madeira, também confeccionado em angelim-pedra, com vistas à harmonia visual e estética do conjunto.

De acordo com as características dos objetos a serem expostos, (tonalidade de cor e matizes, forma e volume), o fundo do painel pode ser confeccionado em chapa de MDF (de variada texturização) ou em táboas de angelim-pedra, também com acabamento em Polistein.

O projeto permite a instalação de iluminação com leds decorativos de acendimento ao toque, sem fiação elétrica, com vistas à valorização dos objetos e artefatos expostos.

Vista em perspectiva


 
Vista frontal

Vista traseira

  
Vista lateral direita





Vista lateral esquerda


Vista superior e inferior

Painel expositor de madeira (angelim-pedra) instalado com parafusos e buchas em parede de alvenaria pintada com tinta acrílica à base de água, na cor camurça 

Efeito decorativo obtido com a exposição de peças artesanais constituídas de fachadas de prédios históricos tombados localizados em Santa Catarina, confeccionadas pelo artesanato Patrimônio Brasil, situado na freguesia de Santo Antônio de Lisboa, em Florianópolis. As peças são produzidas em resina acrílica e a reprodução dos monumentos é feita em escala. No painel exposto, com vistas a maior valorização das peças, optou-se pelo fundo em MDF branco, onde são reproduzidas fachadas de prédios localizados na capital catarinense, tais como: Quartel do 63° Batalhão Militar  de Infantaria; Catedral Metropolitana; Museu Histórico Cruz e Souza;  Mercado Público (vão central); Largo da Alfândega; e, Igreja do  Nosso Senhor dos Passos (Capela Menino Deus) no Hospital de Caridade (de cima para baixo e da esquerda para a direita).



PROJETOS e PRODUTOS

forma simples de conhecer nosso nicho suspenso de madeira (prateleira aérea), em angelim-pedra

Projeto de um módulo suspenso (prateleira aérea), constituído de um longo nicho central e nichos laterais menores abertos, com fundo sarrafeado em réguas com pequeno distanciamento uniforme entre si. Produto confeccionado em madeira (angelim-pedra) e acabamento em Polistein, com suportes fixadores de parede em aço inox.

O projeto permite a instalação de iluminação com leds decorativos de acendimento ao toque, sem fiação elétrica, com vistas à valorização dos objetos e artefatos expostos.

Vista em perspectiva (ângulo superior)

Vista em perspectiva (ângulo inferior) com leds decorativos de acendimento ao toque instalados

Vista lateral esquerda
Vista lateral direita











Vista frontal



Vista traseira (com detalhes dos suportes fixadores de parede em aço inox)

Vistas superior e inferior

Módulo suspenso (prateleira aérea) instalado com parafusos e buchas em parede de alvenaria revestida com textura grafiatto e pintada com tinta acrílica à base de água, na cor verde oliva

Efeito decorativo obtido com livros; maleta de DVD's; réplicas de motocicletas em miniaturas de coleção; artesanato marítimo (marinheiro em resina e nautimodelo de embarcação de pesca); réplica de carrinho de compras e frutas artificiais acondicionadas em recipiente com gel



CURIOSIDADES

forma simples  de saber o que é "madeira de lei"

Segundo matéria veiculada sobre "madeira de lei" pela Revista Superinteressante, da Editora Abril, assinada por Elton Martins, de São Luiz/MA (fonte: http: //super.abril.com.br/superarquivo/2001/conteudo_119229.shtml), "o termo surgiu no século XVIII, ainda no Brasil Colônia, quando as árvores que produziam madeira nobre, de boa qualidade, só podiam ser derrubadas pelo governo. A primeira a ser considerada monopólio da Coroa foi o pau-brasil, que, naquela época, já escasseava por excessiva exploração. De uma maneira geral, a chamada madeira de lei tem coloração escura e forte resistência a oscilações de temperatura e ataques de insetos. Atualmente, essa classificação está mais relacionada ao valor comercial do que às propriedades fisiológicas. O ipê, comercializado como madeira de lei desde o século XIX, não era visto como material nobre, afirma a bióloga Vera Coradin, do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama). Hoje o Código Florestal tem até leis específicas para cada espécie. O mogno, por exemplo, é protegido pela Lei do Contingenciamento, que determina um número limite para a exploração. Mas seu alto valor de mercado tem provocado a derrubada indiscriminada e até ameaça de extinção. A lei existe, o difícil é conseguirmos fazer com que ela seja cumprida, diz Vera.


Cabreúva - Na construção civil: assoalhos, esquadrias, vigas e caibros
Cedro - Móveis finos, esculturas, molduras e instrumentos musicais
Jatobá - Mobília, peças torneadas, engenhos, tonéis, carrocerias e vagões
Mogno - Móveis de luxo, instrumentos musicais e artigos de decoração
Jacarandá - Móveis de luxo, peças decorativas torneadas e instrumentos musicais

Todavia, complementando a matéria, vale ressaltar os ensinamentos de Armando Luiz Gonzaga (in GONZAGA. Armando Luiz. Madeira: Uso e Conservação. DF IPHAN/MONUMENTA, Cadernos Técnicos 6, Programa Monumenta, pp. 39/40):
"No tempo do Brasil Colônia, as madeiras destinadas à estratégica construção naval eram protegidas por Lei, ou "Ordenações do Reino", e por Decretos dos Governadores. Até o início do Século XIX, convém lembrar, todos os navios eram de madeira, e praticamente todo o transporte de cargas e pessoas era fluvial ou marítimo.

A primeira menção histórica lusitana sobre madeiras de construção naval refere-se a Dom Dinis, o Lavrador, rei em 1279, filho de Afonso III, (dinastia de Borgonha), criador da Marinha Nacional, também conhecido como "pai da pátria". Mandou plantar o Pinhal de Leiria, reservado para a construção de embarcações. Na época se usava o carvalho (Quercus robur) para as vigas estruturais do casco (quilha, sobrequilha, roda-de-proa, cavernas, etc.), e pinho-bravo para os tabuados do casco e de forro. O pinho-manso ou pinho-sangrado, do qual se colhia seiva para usos em perfumaria e química em geral, era empregado nas obras mortas, acima da linha-d'água superestruturada. Outras madeiras tinham uso mais restrito.

Armando Luiz Gonzaga enuncia, ainda, algumas "Leis da Madeira", dentre várias:

"* Em 1567 - Novo Alvará Real sobre o Pinhal de Leiria.

* Em 1630 - Carta Régia trata de "sementeiras de árvores próprias para construção naval".

* De 1714 a 1718 - Para reforço das defesas, foram estabelecidas pelo Marquês de Angeja duas feitorias na Vila Cairu (Bahia). Elas forneciam madeiras para a Ribeira das Naus (Lisboa). Posteriormente passaram a construir embarcações também.

* Em 1798 - Um alvará manda proceder ao tombo (registro) geral de todas as matas e pinhais reais. Os pinheiros portugueses são na maior parte das espécies P. pinaster e P. atlanticus.

Sobre madeiras do Brasil encontramos as seguintes normas e ordenanças:
* Ofício de 20/7/1773 - Do Marquês de Lavradio, para cumprimento da Carta Régia de 8/3/1773, proibindo o corte de tapinhoã (itaúba-preta) e peroba (provavelmente peroba-de-campos). Várias cargas dessas madeiras são enviadas à Ribeira das Naus.

Naves de guerra eram feitas de madeira. Daí a necessidade de a Coroa proteger as melhores da demanda avassaladora no campo civil para a construção de moradias, paliçadas, pontes e outros usos, considerados menos importantes na época.

(...)

O landim (olandim, guanandi, landi, galandim) - Colophylum brasiliensis -, família Guttiferae, é citado como madeira de lei por harri Lorenzi, em seu magnífico Árvores Brasileiras.

Justamente por ser madeira de boa resistência, durável e muito "linheira", isto é, com grã direita de fibras bem alinhadas no sentido longitudinal do tronco, era muito empregada na construção de mastros e vergas de navios. Seu tronco, reto e limpo de galhos, destaca-se nas vargens e alagados da borda da Mata Atlântica.
A restrição ao corte data de 1810 ou 1835. A mesma publicação cita que decreto imperial de 1799 restringiu a exploração do jatobá (Hymenaea stigonocarpa) - Leguminosae Caesalpinoidae - , destinado à construção naval.

* Instruções de 25/10/1808 - Artigos adicionais sobre o corte de madeiras e conservação das matas do Brasil. Resultou assim que as mais resistentes, duráveis (por natureza) e estáveis foram classificadas como "de lei", indicadas por estaleiros e arsenais. Infelizmente é costume no Brasil o não cumprimento da sleis, e essas madeiras passaram a ser exigidas não apenas na construção naval, mas também na construção de palácios, igrejas, casas de nobres, etc., com a quase extinção de algumas espécies. Nos trabalhos de restauração de monumentos históricos, os técnicos se deparam sempre com madeiras de lei a serem substituídas, mais uma razão para incluir suas fichas dendrológicas neste manual.

Outra versão sobre as madeiras de lei é encontrada no Caderno de Encargos, sendo listadas algumas espécies adequadamente classificadas."

Jatobá gigantesco localizado na cidade de Mococa/SP

Flor completa (hermafrodita) do Jatobá


Jatobá gigante de 40 m, localizado na Serra de Ibiapaba, no Ceará


Legumes no topo do jatobazeiro

PRODUTOS ARTESANAIS

forma simples de conhecer nosso artesanato

Caixa porta-objetos (bijouterias, fotografias, fuxicos, etc) confeccionada em madeira MDF, com técnicas de adesivação e craquelê, decorada com figura de borboleta, laço de fita e arabescos (corte laser) com acabamento em tinta PVA e verniz fixador semi-brilhante à base de água (não tóxicos).

Vista de cima (tampa)
Vista aberta




Vista frontal (laço de fita em detalhe)



Vista lateral (detalhes em fita trespassada)


Maleta porta-objetos (bijouterias, fotografias, fuxicos, etc) confeccionada em madeira MDF, com técnica de découpage, fechamento com elástico colorido, decorada com figuras de borboletas e flores, com acabamento em tinta PVA e verniz fixador semi-brilhante à base de água (não tóxicos).

 
Vista fechada (perspectiva)
Vista de cima (tampa)



Vista frontal
Vista lateral


CURIOSIDADES

forma simples de conhecer a madeira existente de menor densidade

A madeira mais leve é a balsa (Ochroma piramidale), da família Bombacaceae, originária da Bolívia e do Peru, cuja densidade é inferior a 0,2 g/cm³. A mais pesada é o gáiaco, ou guaiaco (Guaiacum officinale), de densidade superior a 1,20 g/cm³. Trata-se de arvoreta originária do Caribe e da América Central, também conhecida como Lignum vitae (árvore da vida), por se acreditar que sua resina é medicinal. Hoje sua madeira é usada para mancal de eixo dos grandes navios, em peças de corte transversal, cocinetes de hélice, rodas de polias e bolas (bocha). A madeira brasileira mais leve é o garapuvu (Schizolobium parahyba) - do tupi-guarani: igara = canoa + p'vú = pau, tronco - , com densidade menor que 0,4 g/cm³. A madeira mais densa do Brasil parece ser a aroeira-do-sertão ou urindeúva (Astronium urundeuva), da família Anardicaceae (D>1,10), ou talvez a gombeira (Swartzia stipulifera), da família Leguminosae Papilionoiadeae. (Fonte: GONZAGA, Armando Luiz. Madeira: Uso e Conservação. DF IPHAN/MONUMENTA, Cadernos Técnicos 6, Programa Monumenta, p. 26)

(Fotografias obtidas no site http://www.nauticurso.com.br)

Réguas de madeira balsa



Táboas de madeira balsa

CURIOSIDADES

forma simples de conhecer a anatomia da madeira

Desenho esquemático da anatomia do tronco de uma folhosa (Obs: o desenho é apenas ilustrativo, não havendo qualquer rigor na escala)

Armando Luiz Gonzaga leciona acerca da anatomia da madeira (in GONZAGA, Armando Luiz. Madeira: Uso e Conservação. DF IPHAN/MONUMENTA, Cadernos Técnicos 6, Programa Monumenta, 2006, pp. 21/22):

"O tronco de uma árvore produtora de madeira porde ser descrito, de forma simplificada, como uma pilha de cones superpostos. Cortado transversalmente, o tronco apresenta um desenho de círculos concêntricos, chamados anéis de crescimento ou anéis anuais. Em clima temperado, um anel "anual" típico apresenta duas faixas:

* Lenho inicial ou primaveril, mais largo e mais brando.
* Lenho tardio, ou lenho estival ou outonal, mais compacto e mais rijo.

 O termo anel anula não é adequado, pois podem surgir falsos anéis devido a estímulos ao crescimento recebidos fora da época, por conta de veranicos, de um outono chuvoso, ou de outros fatores.

Também não é adequado, no Brasil de múltiplos climas, chamá-los de "primaveris" e "outonais", o que é correto em clima frio. O melhor é tratá-los por lenho inicial, no início do calor, das chuvas  e dos ventos, que vergam a árvore, bombeando água tronco acima; e por lenho tardio, do tempo calmo, quando caem as folhas e pocuo chove. O tronco apenas amplia seu diâmetro a cada ano, ganhando mais dois anéis, mas não "cresce" no sentido vertical, o que só corre com as pontas dos galhos.

As árvores de clima temperado e subtropical apresentam anéis mais distintos. Isto é, mais contrastados entre os de primavera/verão e os de outono/inverno do que os de árvores de clima tropical, nas quais o contraste é pequeno. Entretanto, sempre há alguma diferença, até porque, nos trópicos, inverno não significa frio, mas seca, e verão quer dizer chuva, períodos que ocasionam crescimentos diferenciados. No clima frio, a árvore entra em dormência total total logo após o outono, parando de crescer. Os anéis apresentarão um contraste abrupto com os da próxima primavera.

Outro detalhe anatômico, que gera desenhos decorativos, é o contraste entre recido fibroso e parênquima. Esse contraste é mais acentuado no caso das leguminosas.
Examinando o corte transversal do tronco, de fora para dentro vemos as seguintes camadas:

*Casca exterior: secae totalmente inerte, tem apenas função protetora para o tronco, que cresce diametralmente. A casca, já morta, não o acompanha. Ela se racha ou se solta, como nas mirtáceas. É o ritidoma.

* Floema: ou casca interior, tem como função principal o transporte da seiva elaborada a ser distribuída ao câmbio e ao alburno. Do floema de uma árvore comum na Península Ibérica, o sobro - Quercus suber -, se faz a cortiça, ideal para o arrolhar as garrafas de bons vinhos.

* Cambium: essa película de espessura microscópica é o tecido que produz o crescimento diametral do tronco, gerando um anel exterior para o floema, e um interior para o xilema. Chamamos lenho inicial, ou primaveril, o tecido de células maiores, menos densas, e lenho tardio, ou de outono/inverno (no nosso clima), o lenho de células menores, tecido fibroso mais denso, em geral mais escuro. Esses anéis alternados nos revelam, além da idade da árvore, as condições climáticas que prevaleceram na época de seu desenvolvimento.

* Xilema: que é a madeira propriamente dita, divide-se em alburno, brancal ou borne, a camada mais externa, adjacente ao câmbio, de tecido mais brando e mais claro, por onde sobe a seiva vinda das raízes; e o cerne ou durame, formado pela deposição de resinas, óleo e cera na camada mais interna do brancal. Essa camada é anexada anualmente ao cerne.

* Cerne: representa a madeira com suas cores, características e desempenho conhecidos. O brancal é mais claro, mais fraco e menos resistente a fungos e insetos, exceto algumas madeiras das folhosas e nas coníferas em geral. Como regra, pode-se dizer que quanto mais contrastado o cerne, mais fraco e vulnerável será o alburno.

As células do lenho se encolhem e se dilatam, absorvendo ou perdendo umidade (inicialmente a seiva) na "cintura", ou largura, mas não no comprimento. Ou seja, a madeira "trabalha" transversalmente à grã, mas não no sentido da grã, do fio da peça.

No sentido axial, as células de todos os tecidos apresentam-se pelo comprimento, exceto os raios. Nesse sentido longitudinal a contratação é desprezível. No sentido tangencial, ao diminuir a largura, incluisve os raios, todos os tecidos terão contração (ou dilatação) máxima. No sentido radial, os raios estão alinhados pelo comprimento das suas células e funcionam com barras inibidoras da contração (ou dilatação) dos tecidos, que será menor.

Cortado o tronco longitudinalmente, tangenciando e também seccionando os anéis para se obter tábuas, esses cones produzirão desenhos na face da madeira. Podemos afirmar que essa é a principal decoração da maioria das tábuas. São os desenhos formados pelo seccionamento dos cones de crescimento do tronco da árvore. Chama-se esse corte de tangencial. Se o corte é feito da periferia para o centro (ou medula), é chamado de radial, pois acompanha o sentido dos raios."